Em um momento histórico de reafirmação da luta antirracista e de fortalecimento das pautas do povo negro no campo político, a Negritude Socialista Brasileira (NSB), corrente interna do Partido Socialista Brasileiro (PSB), elegeu sua nova Direção Executiva Nacional durante o VIII Congresso Nacional da NSB, realizado no último dia 30 de maio de 2025.
A militante capixaba Valneide Nascimento dos Santos foi reeleita como Secretária Nacional da NSB, assumindo o compromisso de liderar o movimento em um cenário de desafios e oportunidades para o povo negro brasileiro. Em sua fala de posse, Valneide destacou a importância da unidade e do compromisso político com o projeto socialista e antirracista do PSB:
“A Negritude Socialista Brasileira é uma trincheira fundamental na luta contra o racismo estrutural e por um Brasil mais justo. Nossa executiva representa a diversidade do povo negro e está preparada para disputar ideias, políticas públicas e espaços de poder. Seguiremos firmes por um socialismo com alma negra.”

A nova Executiva Nacional da NSB ficou composta da seguinte forma:
Secretária Nacional: Valneide Nascimento dos Santos (ES)
Secretário Geral: Igor Frederico de Oliveira (MG)
Secretário Executivo: Vladmir da Silva (RS)
Secretário de Formação Política: Amaro Jorge da Silva (AL)
Secretária de Comunicação e Mídias: Professora Meire (SP)
1º Secretário da NSB: José Adilson Nunes Bezerra (AM)
2ª Secretária da NSB: Ivanilda Geltli (PB)
Secretária de Mulheres Negras: Patricia Crizanto (ES)
Secretária de População de Matriz Africana: Lucia Maria Crispiniano da Silva (PE)
Secretário de Organização da NSB: Laudiniz Gabriel de Oliveira Junior (PE)
Secretário de Planejamento da NSB: José Maria da Silva – Jomasi (CE)
Secretário de Juventude Negra da NSB: Júnior (SE)
Secretário de Finanças e Fundo Eleitoral da NSB: Euclides Vieira Silva (GO)
Secretária de Cultura da NSB: Professora Eugênia Portela de Siqueira Marques (MS)
Secretária de Comunidades Tradicionais: Maria do Socorro Nascimento Barbosa (MA)
Secretário Especial: Maura Cristina da Silva (BA)
Secretário Especial: Edevander Pinto de França (MT)
Além da executiva, foram instituídos também o Conselho Político Nacional e o Conselho de Ética Nacional da NSB.
Na mesma oportunidade foi instaurada a Comissão de Ética e Heteroidentificação, composta por Valneide Nascimento, Professora Eugênia Portela de Siqueira Marques e Mãe Lúcia.

A nova composição reflete o compromisso com a diversidade regional e a renovação da luta por justiça racial, democracia e bem viver. O PSB, por meio da NSB, reafirma seu papel como aliado estratégico do povo negro na construção de um Brasil verdadeiramente inclusivo.
O XVI Congresso Nacional do PSB, realizado em 2025, marca um momento de inflexão estratégica e simbólica para o partido. Em meio a um cenário político nacional em disputa — com o campo progressista buscando se rearticular frente aos desafios socioeconômicos e à ascensão de pautas conservadoras —, o evento se destacou por seu tom renovador, com foco na pluralidade, juventude e combate às desigualdades estruturais.
O PSB, por meio da NSB, reafirma seu papel como aliado estratégico do povo negro na construção de um Brasil verdadeiramente inclusivo.
O XVI Congresso Nacional do PSB, realizado em 2025, marca um momento de inflexão estratégica e simbólica para o partido. Em meio a um cenário político nacional em disputa — com o campo progressista buscando se rearticular frente aos desafios socioeconômicos e à ascensão de pautas conservadoras —, o evento se destacou por seu tom renovador, com foco na pluralidade, juventude e combate às desigualdades estruturais.
A NSB, corrente histórica e atuante no PSB, se posicionou com firmeza durante o congresso em defesa de:
- Mais protagonismo negro na estrutura partidária, com cobrança de efetivação das cotas internas nos espaços de direção;
- Compromisso programático com a equidade racial, exigindo que as propostas do partido não apenas citem a pauta racial, mas a coloquem como eixo transversal;
- Fortalecimento das candidaturas negras e periféricas nas eleições municipais de 2026, como estratégia de enraizamento popular;
- Rejeição ao racismo estrutural e institucional, com ênfase na necessidade de o PSB atuar com coerência em seus governos e mandatos parlamentares.
A NSB também celebrou a ampliação dos espaços de fala durante o congresso e a escuta ativa de suas lideranças. No entanto, alertou que “representatividade não é favor, é dívida histórica”, exigindo que as resoluções aprovadas se materializem nas ações concretas do partido.
O congresso foi marcado por um tom de unidade estratégica, mas também evidenciou demandas que já vem sendo evidenciadas em outros momentos:
- A militância negra, feminina e LGBTQIA+ cobrou mais abertura e compromisso real, não apenas simbólico.
- A NSB defendeu uma carta-programa de combate à desigualdade racial como critério para alianças e candidaturas futuras.
Garantia de 30% do fundo eleitoral para pessoas pretas e pardas, como forma de combater o subfinanciamento histórico das candidaturas negras e promover maior equidade nas disputas; - Defesa de cotas mensais de 2% do fundo partidário para a NSB, possibilitando estruturação contínua da atuação política da militância negra no partido;
- Criação de uma Comissão de Ética e uma Comissão de Heteroidentificação para o fundo eleitoral, assegurando transparência e impedindo fraudes no uso das cotas raciais;
- Fortalecimento das candidaturas negras e periféricas para 2026, com apoio real e concreto do partido;
- Cotas raciais nos espaços de direção do PSB como meta política imediata, garantindo que a representatividade avance do discurso à prática.
- Houve forte apelo para que o partido se posicione mais claramente contra retrocessos e omissões em governos dos quais participa.


